20121201

Pobreza, exclusão social e desigualdades na Galiza, cada vez maiores

Pobreza, exclusão social e desigualdades na Galiza, cada vez maiores


Quase uma quarta parte da população galega encontra-se em situação de pobreza ou exclusão social, segundo o último relatório de EAPN-Galiza
2009-2011.

A pobreza e a exclusão social avançam na Galiza e no resto do Estado espanhol. Quase uma em cada quatro pessoas residentes na Galiza padecia pobreza ou risco de exclusão social em 2011, o que supõe 47.031 mais que no ano anterior e um incremento de 7,6%. Ao todo, 662.515 pessoas --23,7% da população-- estavam nessa situação no passado ano, segundo o último relatório publicado no mês de novembro por EAPN, coligação independente de ONG e outros grupos envolvidos na luta contra a pobreza e a exclusão social nos Estados membros da União Europeia.

O relatório indica que a percentagem de população no Estado espanhol que se encontra em situação ou em risco de pobreza incrementou-se até 27%.

A pobreza volta crescer entre a população galega

Depois de uma queda do índice de pobreza em 2010, este voltou medrar na Galiza no ano 2011, ocupando o oitavo lugar entre as comunidades do Estado espanhol com menor índice de pobreza, perdendo um posto a respeito do ano anterior mas ganhando dois a respeito de 2009, quando a percentagem de pobres no nosso país era de 19,1%.

Um total de 525.539 pessoas se encontravam na Galiza sob o limite da pobreza no passado ano, 18,8% da população, o que supõe um incremento de dois pontos a respeito de 2010. Esse dado, ainda que é três pontos menor que a média estatal, "é demasiado alto", adverte EAPN. Além disso, 203.088 pessoas --7,3% da população-- vivem em lares com baixa intensidade de trabalho, situação que cresceu em todo o Estado.

Porém, o número de pessoas que sofre pobreza material severa desceu um ponto percentual a respeito do ano 2010, afectando a um total de 65.389 pessoas na Galiza.

No periódo compreendido entre os anos 2009 e 2011, a pobreza só diminuiu na Galiza, Estremadura, Astúrias, Murcia e Ceuta e Melilha. Porém, enquanto no nosso país a pobreza recresceu no ano 2011, em sete comunidades autónomas minguou.

Dados estatais

No conjunto do Estado Espanhol, no ano 2011 havia 12.741.434 pessoas em risco de pobreza ou exclusão, o que supõe 751.071 pessoas e 1,5% mais que em 2009, afetando a 27% da população.

A fenda entre ricos e pobres também se alargou nestes anos de crise económica. Assim, EAPN considera "especialmente preocupante" o aumento das desigualdades no Estado espanhol, onde se entre os anos 2004 e 2007 as rendas de 20% da população mais rica multiplicava por cinco a renda de 20% mais pobre, desde o ano 2008 20% mais rico ganha sete vezes mais que 20% mais pobre.

Todas estas cifras são o resultado de aplicar o indicador europeu Arope (At Risk of Poverty and/or Exclusion) que agrupa três factores: a renda --inferior a 60% da renda estatal média--, a privação material severa e a intensidade de trabalho por lar.

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